data-filename="retriever" style="width: 100%;">Passar por uma pandemia já é demais, especialmente, grave e interminável como a pandemia da Covid-19. No entanto, ter que enfrentar cinco pandemias ao mesmo tempo, como estamos vivendo, realmente, é incompreensível e duro demais.
Chegou a pandemia do coronavírus produzindo sofrimentos, rompendo valores sagrados, como os da cultura do encontro e do convívio fraterno. Chegou causando estragos e dores, com fechamento de empresas, desemprego, depressão e, o que é pior e profundamente lamentável, muitas vidas foram e estão sendo ceifadas.
Como se isso não fosse dolorido demais, criaram a pandemia do pânico repetindo irresponsavelmente notícias dramáticas e assustadoras exigindo que se fique em casa, sem oferecer alternativas de programas úteis, culturais, confortadores, pelo contrário, que expõem, exagerada e, inescrupulosamente, as mais cruas fragilidades das pessoas e os fatos mais dramáticos, causando um estado desconfortável e deprimente a todos.
Para agravar essa situação já dolorida e quase insuportável, politizaram tudo. A questão fundamental já não era mais salvar vidas humanas, só nas palavras, porque, por traz, estavam os interesses políticos, aliás, em bem da verdade, politiqueiros, querendo servir-se da pandemia para fins políticos mesquinhos e vergonhosos. Politizaram tudo! Dessa realidade, claro, só poderia advir uma pandemia econômica e social gerando desemprego, fome, mal estar, mortes e desesperança. Bem que poderia ter caído a ficha e ter sido dado um basta a tudo isso.
E, por inacreditável que possa parecer, mergulhamos numa quinta pandemia, a das fake news, suscitando uma profunda insegurança, que nos deixa perplexos, pois tentaram misturar luzes e trevas, gerando profunda confusão, divisões e insegurança geral.
Para a nossa tristeza, essas pandemias perduram e não vemos, ainda, uma luz no fim do túnel, elas surgiram do nada e continuam sendo geradas. E o mais grave é que algumas delas possuem responsáveis, têm nomes e são conhecidos.
Ainda bem que, como cristãos, não perdemos a esperança e nem desistimos de lutar e buscar a superação. Temos certeza de que a verdade, o amor e a vida vencerão. Apesar do sofrimento, das decepções, não desistiremos, porque cremos que não estamos sozinhos. É hora de união, de solidariedade, de cuidar mais da nossa saúde e da dos outros, de abandonar o radicalismo e o egoísmo, de investir no que faz bem a todos. Sim, creio que é hora de mudar nossa cultura egoísta e, com simplicidade e coragem, reinventar outro modelo de sociedade, mais humana e mais fraterna.
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